TERCEIRO DIÁLOGO ENTRE NATÉRCIA E CAMÕES
- Quando o meu pensamento,
minha amada,
era o teu pensamento,
em atino e esperança
de bem querer
Ou fui eu que sonhei
esse momento
e nunca houve mais
que supor crer:
por ele me perdi
no desejo de em ti
me desejar perder?
- Quando o teu pensamento,
amado meu,
era o meu pensamento,
e ardia em brilho,
como sarça ardendo
Ou fui eu
que ao sonhar esse momento
me desejei,
te querendo?
E o que via de ti,
amor, amado,
era a mim própria,
paralela em amor,
como num espelho
por onde o teu olhar
me fosse doce riso
branda pele,
e eu nele assim cativa,
meu amor
- E eu nele assim,
cativo
"A Génese do Amor", Ana Luísa Amaral, Campo das Letras, 2005
4 comentários:
Olá Carlos,
fiquei contente de me teres tirado das urtigas. Estas a matutar para a tertúlia??? DESEJO
ó Claire, então eu sou gajo para desprezar um jardim? ;)
e olha, palavra que já te tinha visitado o tasco à procura dum desafio que não aquele onde te contei do meu festim daltónico. só hoje, à bocado e por força dsete teu comentário (thanks pela insistência! :) fui lá com olhos de ver e dei com o link tertuleano.
como fui à bica e levei o caderninho esgalhei vinte linhas e agora vou pra lá, a ver se preencho ficha etc e tal, que pelo que cusquei aquilo não é postar e toca a andar :))
até já. beijinho
c
não entendo... é para postar lá, ou cá no meu tasco? se é cá já fiz borrada pois na "ficha" meti o link geral do tasco... :(
Carlos, fizes-te bem a inscrição mas as postagems são a 15 (logo a noite) no teu blog, mas agora já ta!!! eu faço 1º a postagem e depois a inscrição (manias). Até logo;-) que ainda estou a trabalhar o meu desejo ver se fica pronto para as 24h
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