"as páginas do meu mural"
um poema escreve-se
um aperto no peito o olhar ausente
e o cigarro em dedos que espreitam
a vez incontinente
as páginas do meu mural não foram escritas por mim.
eu? não existo. e o que escreve
é duplicado, fotocópia, agente secreto
daquele que não é ou sou e aqui faz log in
um poema escreve-se no desatar dum peito
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