
REGRESSO
Regressar ao poema.
Ao reino das palavras.
Se é que atingir eu sei
essa fronteira extrema.
Por dias, meses, anos,
minha alma andou perdida
por outras eiras, lavras
onde somou desenganos.
Regresso extenuado
sem pudor e sem brio.
Palavras, por quem sois
aquecei-me do frio.
"Novelo de chamas", Jorge Viegas, edições ALAC (África - Literatura . Arte . Cultura Lda.), 1989
se ao procurar este livro foi com este poema em concreto na ideia - mas por razões tão diversas das do Jorge, eu sei - estava longe de imaginar o sorriso que este 'regresso' me trouxe. é que dou com este amor de dedicatória, as tais que só se permitem aos amigos, sempre sempre a mimarem-nos com excessos e tão bons que são e sabem quando, como agora, redescobertos: "Ao Carlos Gil, um dos mais representativos escritores da 'beat generation' moçambicana, e um amigo. homenagem do autor, 19/5/2007". bolas, Jorge! arrasaste-me ehehe
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