quarta-feira, 2 de março de 2011

a crise dos trocos pró tabaco


ontem à noite chateei-me com o café para onde ultimamente tenho ido ler ao serão. muito porque é dos poucos onde se pode fumar, que no resto é o típico com a combinação écrã de tv gigante + futebol + telenovelas, e tudo que esta opção trás atrás. o problema foi a velha história das máquinas de venda de maços de tabaco - e os trocos para fazê-las cumprir a tarefa que o estabelecimento arranjou ao decidir atender-nos através delas.

enquanto me tiram o café abatanado peço troco para uma nota de 10 euros. resumo do diálogo: «ah! não há... a máquina está cheia, sabe, e ela não é nossa... não há trocos...» -; «como? então e agora?»; «pois é, não temos...»; «mas a máquina está aqui, dentro da vossa casa!»; «mas não é nossa! não, desculpe mas não temos trocos para tabaco!»

deu-me uma coisinha ruim. mesmo. passo-me com esta ligeireza de encolher d'ombros "cagando-se" para o cliente.

«deixe-me ver se entendo... quero pagar uma despesa de quatro euros sem ser com uma nota de 50 ou 100 euros: é uma de 10. e diz-me que não tem troco para isso, o que acho uma gestão péssima da casa. argumenta que "a máquina não é minha". mas o tabaco que se compra neste café é através dela. eu sou só um cliente que quer comprar e pagar. a forma como o senhor gere a venda dos produtos que estão para venda dentro do seu estabelecimento é-me indiferente: eu sou o cliente. o senhor optou por atender-nos através duma máquina para um produto, e para outros fá-lo pessoalmente, aqui ao balcão. caso eu quisesses pagar bebidas ou comidas do mesmo valor e com a mesma nota, existia o problema que levanta? suponho que não!»

não responde. olha-me duma forma que suspeito não ter percebido nada. e repete, confirmando a incapacidade de ouvir e perceber além do que assimilou como seu e única versão possível: «mas a máquina não é nossa!»

deixo ao balcão moedas certas para pagar o café e vou-me embora sem o beber - entretanto a chávena ainda não enchera. «então desculpe o que vou fazer mas não vou beber o café. fica aqui o dinheiro. não vou beber o café onde depois não posso fumar um cigarro como sempre fiz, não os tendo, havendo-os cá e o senhor a não mos querer vender»

nada. ficou calado. daqui a uns dias volto lá. sem intenção de repetir voluntariamente nada, mas estarei de olho aos pedidos de trocos ao balcão para ver se já perceberam ou não como é que se tratam clientes, sejam eles de chupa-chupas de sabores ou de lagostas suadas. então tomo a decisão final: fico, volto, ou saio e kaput.

eu acho que se devem sempre dar duas ou três oportunidades perante o erro. e algum tempo para ele ser entendido. mais que isso é que é parvoíce.

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