Chegando o sol com força à pinha, é sempre uma canseira com o Macua! No ano passado foi uma desgraça, que me esfalfei a youtubizar o blogue com músicas, e já se sabe que atrás duma vem outra, é como com as cerejas e não tarda está uma história contada.
Este ano já pensava estar safo quando, ao ir lá para reler este poema, que adorei pois acho que a maior virtude dos poetas é conseguirem dizer em seis linhas o que um prosador faz em noventa e seis - e Knopfli é curto, suave e certeiro, ó se é...! - e dou com um desafio que já me pôs a cuca a ferver... que de armas para tanto senti-me esvaziado. Deu-me ânimo foi reparar no video seguinte, por acaso um dos meus preferidos (o gajo é bruxo? se o é foi bruxo bonzinho, benevolente...) pois, para esse, de certeza que não arranjava arma para cruzar: Pacio de Lucia, John McLaughin e Al di Meola juntos, como ripostar hein? complicado... (e sobre McLaughin ainda tenho algo para contar. doutra vez). É que já cusquei no YouTube algo dum grupo que era a menina dos meus olhos em 1976, nos meus gloriosos tempos de Lisboa e dos speed's, e não encontrei nada. Trata-se - aqui poderá estar o erro, no nome, e por isso a busca é infrutífera - dos "Jazz Composers Orchestra", ao que me contaram um grupo alternativo de NY e que teve curta existência. Ouvi à exaustão uma cassete com gravação obtida sei lá como, e nem a fita já ter 'danos' impediu que em muitos bringdowns fosse o fundo que aplacava carências e curtia os silêncios. Menos mal.
Assim puxei pelos tarecos à memória e lembrei-me dos Osibisa. Não era grande fã, confesso. A música linkada era a que mais ouvia, ou era a que mais gostava. Mas sobre os Osibisa há outra coisa, uma dúvida que me vem desde '75, em Lourenço Marques. Com a revolução a correr a pano cheio e a independência anunciada muitos moçambicanos que se tinham exilado por opção política, ou simplesmente emigrado na procura de realizações pessoais que então e lá lhes eram inatingíveis, regressaram. Eu, semi puto, os meus verdes dezoito's, não conhecia do antes nenhum, e no durante só vim a conhecer a fina flor, a malta da cachimbada e da gargalada, da speedada e das trips. Nada de grandes voos, que eu voava baixinho e estava sempre a sentar-me mal via um muro e um charro a acender-se. Ora, não os conhecia mas ouvia-se falar neles quando eram 'nome', e nalguns casos havia pontos de contacto, amigos comuns, locais de poiso, etc.
Acontece que era amigo do Shemane, malta do Alto Maé, e sei lá se por ele se no grupo, recordo ouvir contar que um irmão mais velho, o Kamal, que emigrara num misto de opção política (o fantasma do SMO...) e na senda duma carreira musical que, lá, era impossível para a medida daquilo que entendia conseguir alcançar, regressara a LM cheio de glórias pois, após uns tempos em que residira no Cairo fora para Londres e lá conseguira ascender ao staff de palco dos Osibisa, não nome de luzes mas dos que vêm logo a seguir, o que, olhando para a projecção que a banda tinha, era sucesso, era feito, não era topo de carreira musical mas último lance de escadas para atingi-la. Nunca tive a certeza. Hoje não me recorda a cara do Kamal pois vi-o poucas vezes e de fugida: era "mais velho" e não alinhava com o grupo "dos putos". Cuscando na net vejo que havia um Kamal na ficha técnica dalguns álbuns, já catei fotos onde se vê menos mal a cara do que suponho ser o Kamal, mas não posso dizer que é o mesmo. E, entre nós, a verdade é que se falava mas não sei se como mito integral ou apenas meio, um fundo de verdade inchado. Ou até ser verdade inteira, e o Kamal moçambicano, irmão do Shemane, ter feito parte da banda Osibisa. Sei lá. Nem é importante, foi apenas pretexto para um pouco de parlapiê e não meter o video a seco, que gosto de conversar e o Macua sabe e por isso pica-me :-)
Este ano já pensava estar safo quando, ao ir lá para reler este poema, que adorei pois acho que a maior virtude dos poetas é conseguirem dizer em seis linhas o que um prosador faz em noventa e seis - e Knopfli é curto, suave e certeiro, ó se é...! - e dou com um desafio que já me pôs a cuca a ferver... que de armas para tanto senti-me esvaziado. Deu-me ânimo foi reparar no video seguinte, por acaso um dos meus preferidos (o gajo é bruxo? se o é foi bruxo bonzinho, benevolente...) pois, para esse, de certeza que não arranjava arma para cruzar: Pacio de Lucia, John McLaughin e Al di Meola juntos, como ripostar hein? complicado... (e sobre McLaughin ainda tenho algo para contar. doutra vez). É que já cusquei no YouTube algo dum grupo que era a menina dos meus olhos em 1976, nos meus gloriosos tempos de Lisboa e dos speed's, e não encontrei nada. Trata-se - aqui poderá estar o erro, no nome, e por isso a busca é infrutífera - dos "Jazz Composers Orchestra", ao que me contaram um grupo alternativo de NY e que teve curta existência. Ouvi à exaustão uma cassete com gravação obtida sei lá como, e nem a fita já ter 'danos' impediu que em muitos bringdowns fosse o fundo que aplacava carências e curtia os silêncios. Menos mal.
Assim puxei pelos tarecos à memória e lembrei-me dos Osibisa. Não era grande fã, confesso. A música linkada era a que mais ouvia, ou era a que mais gostava. Mas sobre os Osibisa há outra coisa, uma dúvida que me vem desde '75, em Lourenço Marques. Com a revolução a correr a pano cheio e a independência anunciada muitos moçambicanos que se tinham exilado por opção política, ou simplesmente emigrado na procura de realizações pessoais que então e lá lhes eram inatingíveis, regressaram. Eu, semi puto, os meus verdes dezoito's, não conhecia do antes nenhum, e no durante só vim a conhecer a fina flor, a malta da cachimbada e da gargalada, da speedada e das trips. Nada de grandes voos, que eu voava baixinho e estava sempre a sentar-me mal via um muro e um charro a acender-se. Ora, não os conhecia mas ouvia-se falar neles quando eram 'nome', e nalguns casos havia pontos de contacto, amigos comuns, locais de poiso, etc.
Acontece que era amigo do Shemane, malta do Alto Maé, e sei lá se por ele se no grupo, recordo ouvir contar que um irmão mais velho, o Kamal, que emigrara num misto de opção política (o fantasma do SMO...) e na senda duma carreira musical que, lá, era impossível para a medida daquilo que entendia conseguir alcançar, regressara a LM cheio de glórias pois, após uns tempos em que residira no Cairo fora para Londres e lá conseguira ascender ao staff de palco dos Osibisa, não nome de luzes mas dos que vêm logo a seguir, o que, olhando para a projecção que a banda tinha, era sucesso, era feito, não era topo de carreira musical mas último lance de escadas para atingi-la. Nunca tive a certeza. Hoje não me recorda a cara do Kamal pois vi-o poucas vezes e de fugida: era "mais velho" e não alinhava com o grupo "dos putos". Cuscando na net vejo que havia um Kamal na ficha técnica dalguns álbuns, já catei fotos onde se vê menos mal a cara do que suponho ser o Kamal, mas não posso dizer que é o mesmo. E, entre nós, a verdade é que se falava mas não sei se como mito integral ou apenas meio, um fundo de verdade inchado. Ou até ser verdade inteira, e o Kamal moçambicano, irmão do Shemane, ter feito parte da banda Osibisa. Sei lá. Nem é importante, foi apenas pretexto para um pouco de parlapiê e não meter o video a seco, que gosto de conversar e o Macua sabe e por isso pica-me :-)
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