Aprendo num David Lodge* que segundo um esquema clássico de classificação linguística ("Austin")
"(...) existem três tipos de fala possíveis patentes em qualquer enunciado, oral ou escrito: o locutório (que é dizer aquilo que dizemos, o significado proposicional), o ilocutório (que é o efeito que o enunciado se destina a produzir nas outras pessoas) e o perlocutório (que é o efeito que realmente produz)",
entre elas uma catrefa de subcategorias e etcs mas o essencial são aquelas.
Como se interroga o académico personagem, eu também acho que a zona turva está na conjugação do ilocutório e do perlocutório, entre o proposicional e o efeito. É que locutórios bem intencionados somos todos e eu sinto fortemente o problema de entendimento de mim, que o ilocutório tem (natural?) tendência a céptico, e o perlocutório usa por ferramenta decifradora auxiliar classificações práticas e não as estritamente linguísticas, com dano letal ao locutório original.
A linguística aplicada ao gordinho é uma porra, é o que vos digo!
* "A vida em surdina", David Lodge, Edições ASA, 2009
* "A vida em surdina", David Lodge, Edições ASA, 2009
(microfone gamado aqui.)
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