sexta-feira, 29 de junho de 2007

Um conselho: comprem a Sábado desta quinta-feira, guardem-na onde der mais jeito e vão-se ao livro que vem com ela esta semana: "HOJE NÃO" de José Luis Peixoto, meia dúzia de contos que me eram inéditos pois não sou leitor muito regular do JL. Vão-se até onde quiserem logo no primeiro, pois há aviões no Bairro Alto a cem euros para a Austrália, com sorte meia garrafa de moscatel e um bolo de erva, coisa que hoje não se faz mais e só se comerá quando um janado herdar o McDonald's pois já ninguém sabe cozinhar com criatividade que vá além das ervas aromáticas da avó. Escangalhei-me a rir com os personagens, o epígono do Lobo Antunes, o Zion e mais aquela malta toda, virei-as com aquela empatia com a estória que faz voar a imaginação e vive-se a ficção com alegria. E bem escrito, mas não é assim que deve ser, sempre?
Como com todos, quando o tive nas mãos salteei-o e li bocaditos ao calhas, espreitei o Índice para me identificar com o que estava a ler pois estava a gostar. Depois de ler do tal mítico primeiro beijo, dado numa das passagens subterrâneas da marginal, vejo caírem-lhe os dentes e aquele ser o mote para uma série de contos, e decido de vez ir mesmo para o princípio onde encontro a "Legalize Airlines" e mais uma cambada de tontos que me fez desejar estar no meio deles. Agora voltei à "série dos dentes" e fiz uma pausa para vir cá contar da boa oportunidade, mais a mais porque estes livros vêem como oferta pura a quem compra a revista. E ri-me com o 'estilo ALA', há um conto que ainda não li cujo título é :-) )-: e até há outro que fala numa Joana de olhos verdes. Vale a pena, é mesmo muito boa 'compra' pois não tarda e aparece aí com melhor papel e badanas, e pedem quinze ou vinte €uros por ele.
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Sobre o Euro Milhões: uma história real, e há poucos dias. Falhou por milésimos, mas merece fita de cinema pois o argumento tmbém está lá: o "golpe perfeito", ao caso falamos de trinta e cinco milhões de €uros. Ah, outra coisita: há controle de que números se jogam; normal, para apurar quem ganha; 'esquisito' se serve para extrair padrões de tendências e, até, certezas estatísticas de quem joga o quê e aonde.
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Quanto ao resto, cá se vai andando. Eu continuo sem dizer mal de ninguém além de mim mesmo, não vá levar com um processo: viva o respeitinho, já cá andava a faltar essa para cada vez mais alto se perguntar o que se passa, (ainda...) deixam-me fumar e só mais o quê?
Começo suave: merda! ou eu li mal ou ninguém falou "disto" em campanha eleitoral, houve merda nacional e da grossa nas últimas eleições e toca a correr com esta malta nas próximas, ficam a ver a maioria por um canudo - sem referências, sem referências algumas, saliento, qu'isto de processos judiciais é só chatices e a vida está cara p'ra burros, temos agora a despesa da presidência sei lá de quem, o aeroporto e o TGV, a OPA ao Benfica e não tarda a águia também está no CCB, à trolha com o Mega Ferreira e lado a lado com o Andy Warhol, há muita confusão no ar e, parece, soou-me mas já não me lembro onde ou a quem ou quando, nas comissões políticas muito restritas estão-se nas tintas em perder episodicamente uma fatia do seu eleitorado 'natural', pois está no papo grosso petisco do outro, interesseiro e passageiro e, ao caso, vindo de áreas antes insuspeitas, tão longe de entendimento e acordo ideológico que, afinal, só aparentavam estar: diz-se olhando o enlevo d'hoje.

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