quarta-feira, 2 de maio de 2007

doping

Olá Inês. Digo no post anterior que vou revelar "trechos" dos calores. Água fria... que do íntimo há sabores que só se lêm no brilho dos olhos na mão-dada do cinema, esse mundo de novelas sempre por reescrever, do teu deslizar pelas palavras que, sabes, é olhar que me enlouquece. Que não conto a ninguém ou quero que alguém me veja de olhos no reflexo dum espelho que é opaco, e lá guarda o quanto te desejo à boa e clássica (arrepiante... sente-lo, a tremura da pele...) maneira. Disso não se conta nem se sussurra, não se viola o hímen da correspondência entre a musa e o seu adorador. Não falo nem conto do rubor de te imaginar - qual 'imaginar'! sentir! - olhando uma pausa no rush e sorrindo no recordar que é Musa e há hinos e cornetas quando passa e fica o 'poeta' a suar fininho, que há momentos em que é deliciosamente bom ser-se especial, mesmo que a sorte tenha sido modesta na atribuição do seu vate. O manto de folhas escritas que te incensam e despem, poemam, continuará secreto, e de tais beijos e floreados não há rima que fuja ao sítio onde os deixei: o teu peito, aí atrás dos teus seios, Inês, Inês-retrato vivo de escultura que se ainda não foi feita já a deveria estar e há muito, ou há artistas cegos como soe dizer-se ou és a alienígena perfeita que aterra na vidinha da folha seca, vazia, branca e em branco, tsunami, arquitecta e modelo de castelos, erecções e outras ondas que varrem as folhas áridas, este rubor que dá cor às letras e encaminha os dedos para as teclas menos utilizadas antes deste escalar que é contar-lhe (-te) a festa, baile e orgia que são os dedos a escreverem da paixão do escritor pela sua obsessão e cântaro de tudo, a Musa.
Fim da conversa pública, Inês: vou escrever-te um e-mail, também com o selo beijado na carícia de seres, para meu completo desvario felizmente tu, perturbante Inês, 'a' seres.

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