Olá Inês. Digo no post anterior que vou revelar "trechos" dos calores. Água fria... que do íntimo há sabores que só se lêm no brilho dos olhos na mão-dada do cinema, esse mundo de novelas sempre por reescrever, do teu deslizar pelas palavras que, sabes, é olhar que me enlouquece. Que não conto a ninguém ou quero que alguém me veja de olhos no reflexo dum espelho que é opaco, e lá guarda o quanto te desejo à boa e clássica (arrepiante... sente-lo, a tremura da pele...) maneira. Disso não se conta nem se sussurra, não se viola o hímen da correspondência entre a musa e o seu adorador. Não falo nem conto do rubor de te imaginar - qual 'imaginar'! sentir! - olhando uma pausa no rush e sorrindo no recordar que é Musa e há hinos e cornetas quando passa e fica o 'poeta' a suar fininho, que há momentos em que é deliciosamente bom ser-se especial, mesmo que a sorte tenha sido modesta na atribuição do seu vate. O manto de folhas escritas que te incensam e despem, poemam, continuará secreto, e de tais beijos e floreados não há rima que fuja ao sítio onde os deixei: o teu peito, aí atrás dos teus seios, Inês, Inês-retrato vivo de escultura que se ainda não foi feita já a deveria estar e há muito, ou há artistas cegos como soe dizer-se ou és a alienígena perfeita que aterra na vidinha da folha seca, vazia, branca e em branco, tsunami, arquitecta e modelo de castelos, erecções e outras ondas que varrem as folhas áridas, este rubor que dá cor às letras e encaminha os dedos para as teclas menos utilizadas antes deste escalar que é contar-lhe (-te) a festa, baile e orgia que são os dedos a escreverem da paixão do escritor pela sua obsessão e cântaro de tudo, a Musa.
Fim da conversa pública, Inês: vou escrever-te um e-mail, também com o selo beijado na carícia de seres, para meu completo desvario felizmente tu, perturbante Inês, 'a' seres.
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