sábado, 8 de março de 2014

ilhas

porque somos ilhas mas acreditamos em arquipélagos. porque somos nada na névoa duma charneca, mas encontramos um pirilampo e a sua luz ilumina-nos menino, gaiato, travesso, a puxar as saias às raparigas porque elas gostam, como disse um que era poeta e mangusso, essa comum mistela que se verte romântica. porque envelhecer é também um sorrir suave, por acreditar no infindável porvir. porque sim. porque se escrevem versos, porque se catam musas e sonhos e nuvens com o afã de ilhas secas, perdidas de rimas que ainda - ainda, ainda, ainda! - não nos beijaram. porque no fim, no horizonte, há sempre uma mulher. sim, porque sim. ilhas, mas todos sorrimos porque acreditamos em arquipélagos, talvez dito ecos não soe mais do que é: saudades do menino travesso. e isso é bom, e isso se renasce é por vocês

sejam muito felizes no vosso dia, miúdas

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