quarta-feira, 9 de maio de 2012

as secretas e a mulher de César

mais que dizer que esta Ongoing é um "pato bravo" perigoso que felizmente pouco medrou na nossa sociedade, que as sociedades secretas são (tornaram-se?) mais antros podres que sãos conclaves de meninos grandes, há que perguntar como é que a rebaldaria nas diversas polícias sem farda foi possível chegar a este ponto.

é que se soma o escândalo no Sporting com um tal Cristóvão, um ex PJ de currículo suspeito que tinha (tem?) por hobby espiolhar vidas privadas, e por divertimento sacana armar-se em mecenas não solicitado da arbitragem. tudo junto é muito e preocupa: é inevitável recordar a tal metáfora da ponta à vista do iceberg. à velha pergunta - e quem nos protege da polícia? junta-se uma nova: - e quem os pune?

os sobreiros de Benavente levaram alcunha em autos de "facto provado", e algumas das maldades que se lhes associaram também: os seus cadáveres estavam carregadinhos de dinheiro e por isso o corte justificava-se - pensou-se e fez-se. a sentença? sabemos como foi: zero.

ah, metia banca. banca, sector sensível. banca, sector de cautelas. e banca que foi mecenas dum congresso all-garvio de procuradores que incluiu programas paralelos de três dias para acompanhantes. acompanhantes dos procuradores e dos jornalistas convidados - que os houve.

no O Intelectual Brejeiro, um simpático e bem-disposto mural do Facebook, há entre muitas outras e que nos sacam sorrisos a feliz montagem acima. lamento dizê-lo mas a confiança pública nas virtudes do sistema judicial anda muito por baixo. além da habitual vox populis que preza o bota-abaixo como profissão de vida, há fumos mal-cheirosos que não escondem haver fogo no caixote do lixo. urge sanar (e com transparência). senão... quem raio nos protege da corja de abusadores?

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