la France
"Se for eleito, Hollande não conseguirá certamente concretizar algumas das promessas centrais que fez. Marine Le Pen não deixará de lho cobrar. Imaginar a extrema-direita a liderar a direita francesa é algo que está no limite do pesadelo. A simples hipótese de isso vir a acontecer é um sinal muito perigoso que a França envia à Europa."
1 - de facto assim é: houve momentos de campanha em que o discurso
de Hollande cairia quase sem vírgulas no O Inimigo Público: lia-se e
não se queria acreditar: baixar a idade da reforma para os 60 anos?
nesta conjuntura? e etc. mais um candidato da esquerda mal preparado,
incapaz de ser bandeira... credível. a ex-mulher, Ségolène Royal, nas
anteriores eleições levou uma banhada do Sarkozy porque rapidamente se
percebeu que de dossiers de Estado pouco percebia e não mostrava
apetência a perceber mais em matérias que para uma França forte e líder
(ou co-líder) europeia são importantes. como a Defesa. ainda mais num
país tão chauvinista como aquele. e foi o que se viu. agora vem o ex,
naturalmente remando contra a corrente que nos encharca, mas com uma
visão do conceito de "reformas da sociedade" que nem o nosso estrelinha vermelha se
atreve a reclamar. reformas laborais aos 60 anos? como é que disse? é que se diz
isto disto, o que pensará acerca do resto... credibilidade em baixa!
Strauss-Khan teria ganho 'a brincar', não fossem os seus problemas com a
comichão na braguilha terem-se tornado tão incomodamente populares
2
- a Le Pen. e recordo-me de Lampedusa. do embaraço e da indecisão de
todos (todos) os governos europeus ligados àquela linha da frente
(Líbia/refugiados) em resolver o problema. bom exemplo são aos 100
vítimas que morreram à fome ou de doença porque no charco do
Mediterrâneo, pejado de barcos e barquinhos de todos os feitios e cores e
canhões e mísseis e helicópteros e piscinas e óculos de sol, não houve
um que os socorresse. e recordo-me que a Le Pen atingiu no mesmo
momentos picos de populariedade. e pergunto-me que sonhos tem, ela que é
tão nova comparativamente aos restantes galos. que afundando o Sarko
ela emerge naturalmente como líder da direita francesa. a pergunta
completa-se com a dúvida acerca de a quem endereçará a 1 de Maio os seus
20% já registados. e tão fácil será dar "liberdade de voto" num
discurso onde o núcleo seja denegrir o seu único real rival para a única
liderança que para já (para já) ambiciona, motivando a abstenção dos
'seus'. o xadrez político é o jogo preferido dos filhos da puta.
3 - a ilha. longe daqui. a Europa fede. a Austrália é bonita, já que as Kiribatis se afundam à realidade
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