sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012


o meu respeito por por quem mostra tomates para dizer Não!, assumindo-o, a esta idiotice pegada. ainda há esperança, pesem os mansos que tudo comem em nome de leis espúrias, modernismos pseudo avant-garde, e uma mansidão 'politicamente correcta' que invocaria vómitos se não apelasse à pena por tanta miséria intelectual e irresponsabilidade perante um pilar do património cultural. não se pensa, seguem-se as modas, os dictames de politburos encobertos, o rebanho...
além da violência cultural, assassina, existe uma violação do Direito: Angola e Moçambique ainda não ratificaram o malfadado AO (ainda bem! parabéns!) pelo que a entrada em vigor na ordem jurídica interna desta convenção internacional (pacífico, não?) é ilegal enquanto ela, a própria, não entrar em vigor na ordem jurídica internacional. isto, indo pelo formalismo, já que por aí tanto se arenga "agora é Lei!". mais: pela letra do AO este só é de aplicação "obrigatória" após 2015. então?...
ainda há esperança que a burrice ceda e seja expurgada, banida, enterrada para ser lembrada como um momento mau. pergunto-me se um inglês, um australiano ou um norte-americano não se identificam por nacionalidades só de se ouvirem ou lerem, sem que isso lhes faça comichão ou, qualquer deles, corra a "uniformizar" a língua inglesa com receios dela falecer de... diversividade. idem, para um mexicano, um espanhol ou um argentino. a língua hispânica está viva e convive pacificamente e plena de vigor rejuvenescedor aceitando as suas diversividades regionais, afinal o húmus que a revigora e permite não se sentir ameaçada por qualquer fantasma de esquecimento. aplicável a qualquer outra!
é difícil entender isto? entender não é. aceitar é que o será se presidirem nacionalismos mal-resolvidos, complexos coloniais ou imperiais. ou - que existem - uma cegueira abjecta à brutal manipulação da opinião pública por interesses comerciais (sim: pode ler-se interesses editoriais). ou acordos políticos cinzentos, tipo dou-te isto e não te esqueças: a incompreensível pressa do governo Sócrates em querer tornar o AO irreversível só assim se pode entender.
porra, não podia começar o dia com melhor notícia e, simultâneamente, ficar tão mal disposto ao rememoriar toda esta parvoíce!

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