quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

o bom chocolate (Manuela Margarido, poetisa santomense)



lido no papel foi uma delícia. daquelas de fazer juz ao nome. aqui? não menos. aberta a notícia cliquem individualmente nas diversas entradas. uma a uma, sabor e sabor renovados. diferentes. e os olhos, ó os olhos, como eles comem...

entretive-me em memórias logo na primeira entrada, aquela que fala e conta do chocolate de São Tomé e Príncipe. do puro. caixinha com amostras do verdadeiro chocolate santomense, nas suas diversas fases de formação. com guia de degustação, um manual que contava tudo em resumo, deixando os pormenores para o paladar que deveria seguir o 'guia', qual o primeiro pedaço a provar, qual o que se seguiria, etc.

e lembrei-me de quando a minha amiga Isabel "assunto" (lol) me ofereceu uma linda
bem, resta contar que foi num sábado especialmente quente, estacionamos para os lados de Santos (Lisboa, claro) na busca duma tasquita que fosse tão agradável que nos acolhesse e dessedentasse modicamente, e quando voltamos ao carro o calor tinha feito das suas pois a caixita ficara em cima do tablier. mesmo assim, a anatomia perdida, os pedaços de mel negro ainda souberam 'que'.

resta dizer ainda isto: à noite, estávamos a estacionar ao pé da Gulbenkian para irmos jantar ao "Polícia" (cordeiro no forno à moda de Lafões acompanhado dum tinto de estalo, lembro-me), ela recebe um mau telefonema: falecera quem lhe oferecera a ela a caixinha mágica, a poetisa santomense Manuela Margarido a quem entrevistara uma semana atrás, provavelmente a última entrevista que a diva das letras santomenses dera. e que lhe dera a caixinha. Manuela Margarido. foi uma voz nunca conformista, e a sua poesia denunciou o colonialismo e o regime de quase escravidão que vigorava nas roças de cacau e de café, nos anos 50's do ido.

as conversas que o chocolate trás...

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