segunda-feira, 7 de março de 2011

o desporto em Portugal


sem cinismos, esta é para mim a notícia desportiva importante deste fim-de-semana. Portugal é grande às vezes, não ponhamos "na borda do prato". somos o que queremos ver, lente, espelho.

bom dia, Hyde Park global :-))) estou a montar o meu escadote no meu speakers corner atascado ;-)

... e em jeito de acrescento, mais longo:

o atletismo sofre do mal congénito do nosso desporto: tudo que não seja pontapé-na-bola (a três cores) é olhado como "paisagem" sem volume relevante. e como somos pouco dados a apreciar arquitectura paisagista, ecoturismo, jardinagem e outras coisas belas da natureza domada, arranhamo-nos nas silvas que teimamos em manter à porta das nossas casas.
Obikwelu é um atleta de alta competição num desporto que nem é de multidões nem de massas. mais, onde cada disciplina tem um treino específico. até recentemente treinava em Espanha onde, talvez pela proporcionalidade da dimensão, encontrou melhores meios para manter o seu nível. julgo que por causa do escândalo de doping que machucou (e bem) a sua treinadora - o marido acho que chegou a estar detido - mudou quer de treinador quer de local, e está cá. falando ainda de cor, penso que em boa coincidência isto aconteceu porque, finalmente, há cá condições de treino em Inverno e a tal celebérrima pista coberta que compramos para o Europeu (? ou Mundial?) que organizamos há k'anos no pav. Atlântico, e depois do evento ficara desmontada e arrumada, incapaz de servir a alguém, finalmente, repito-me, finalmente encontrou pouso e utilidade e já pode e está a ser usada. se sim, ainda bem.
nota final: não fiz o post a querer morder a tribo do futebol. o atletismo sempre foi o meu desporto preferido (cheiro de gasolina à parte), seguido do basquetebol. não sou indiferente ao fenómeno do futebol mas olho-o muito como um circo, e espelho de nós, até. talvez daqui o meu desagrado, que acho que se nota, com o excessivo peso qu'ele, futebol, tem. lhe damos. e merece? às vezes. mas não tantas como se faz e diz. menos, muito menos, por até o negativo, enorme, ser tão valorizado. parece paranóia. se não é, é obsessão

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