domingo, 13 de dezembro de 2009

O alfabeto correcto

Ando a ler Um arco-íris na noite, de Dominique Lapierre. Um dos livros de que se fala. Desde que lhe assomei via páginas do Ípsilon que desejei tê-lo e, igualmente, me recordou um dos romances históricos que me marcaram, lido ainda Nelson Mandela era prisioneiro em Robben Island e não se acreditava que o apartheid terminasse sem um novo rio de sangue entre raças: O Pacto, de James A. Michener, dois grossos volumes onde (ao que me lembro), pelo cruzamento das vidas de três famílias, se historia o surgimento da nação África do Sul, mas vai mais longe, tão longe como há 10.000 anos a.C.

Não são totalmente comparáveis: um é o relato com nomes próprios e rigor na identificação dos factos, outro um longo romance que é exaustivamente a história de um país, e antes dele uma região no Sul de África que será do tamanho da França, Alemanha e Itália juntas, e junte-se-lhe a Suíça que não destoará quer em dimensão geográfica quer no tamanho da riqueza que é tangível em cifrões.

Ainda não ultrapassei o meio mas já sei de duas coisas: vou continuar a gostar e a recomendá-lo, e que não destrona "O Pacto" naquele lugar onde se coloca o vencedor quando se responde a perguntas impossíveis, tais como «ou este ou este, só um.» Vou arranjar lugar na estante para ficarem lado a lado e melhor ordenação não lhes consigo, que alfabetos onomásticos são pormenores pois o que interessa num livro é mesmo o conteúdo.

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