domingo, 2 de agosto de 2009

Post de Homenagem



Zeca Afonso faria hoje 80 anos. Mas não está cá. Está o seu legado, está quem o cante, e em dia de aniversário estão memórias cruzadas.
No video Cristina Branco canta "Avenida de Angola" de José Afonso. Nesta frase cruzo muito da minha vida. Homenagem, é o post.
Primeiro ao Zeca, cantor Imortal que quando pegava no microfone e na viola fazia muito mais que cantar: gritava. Eu recordo-me de sentir o grito. Homenagem e saudade, porque me lembro. Tristeza também, por tanta vez sentir que ensurdeci.
Avenida de Angola... Eu vivi lá, cresci olhando as pombinhas e sonhando com alfinetes de dama, para não contar mais e dizer como aquela avenida era longa, tão longa para ligar duas cidades numa e para coser uma infância à adolescência sem ficarem casas por apertar. Não quero falar mais nisso, afinal tantas Avenidas de Angola há em tanto lado, mas esta que Zeca Afonso e Cristina Branco cantam é a minha avenida de angola. Meu passado, homenagem, que dele não me envergonho.
Meu presente: Almeirim. Às vezes é Hell-meirim mas Cristina Branco é almeirinense e a homenagem é ao Hoje: é Almeirim. Realidade, homenagem. Serenidade e alívio. Não meto nenhuma tristeza nesta conta: é dia de aniversário também aqui em Almeirim.

6 comentários:

Anónimo disse...

Só agora vi... vai um abc de parabéns pelo aniversário aí em Almeirim.
Ana

Carlos Gil disse...

foi um aniversário simbólico, Ana. pela importância que tem e trás à realidade, um grande Obrigado Ana :-)

Pearl disse...

É triste o Zeca não ser ouvido nas nossas rádios e ninguém das televisões se lembrar de o homenagear. Obrigada por nos ter dado um pouquinho dele cantado por uma voz tão linda

Carlos Gil disse...

não sobra "tempo", Pearl. ouves mesmo rádio? como é que encaixariam ZA naquela bosta contínua?_falo eu, que só a ouço no carro...
a Cristina Branco canta mesmo bem, não é? ouve mais dela que vais gostar

Sintilha disse...

Que felicidade saber que o Zeca ainda nos povoa, a mim, a si e a tantos outros.
Linda homenagem, a 2 de Agosto.

Carlos Gil disse...

Obrigado Sintilha. Há "coisas" que nunca passam, entranharam-se e... ficam. A saudade de sonhos além das ficções é dessas, e ZA é desse tempo