quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Selo Dardos




Como digo em post-scriptum ao post anterior há gente boa demais. Felizmente muita: a Internet é igual ao Mundo.
Dois deram-me o selo aí ao lado. Além da gratidão fiquei à rasca. Eu conto.

Segundo percebi - não consegui descobrir a nascente, mas fio-me que a corrente de transmissão tenha percorrido os elos oleada - o Prémio Dardos destina-se a "(...) reconhecer «os valores que cada blogueiro emprega ao transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc. que, em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, entre suas palavras». Depois vêm as interpretações pessoais, os ajustes que cada entende ser de justiça fazer para a prendinha recebida sair das suas mãos com a embalagem certa e... acertar em cheio nos seus alvos. E não fiquei insensível à argumentação da Catarina: «porque é que lemos os blogues que lemos?» - interroga-se. E afirma e eu subscrevo que para além da qualidade informativa, literária, etc & tal, um amigo lê sempre um amigo e na amizade não há lugar para outro critério.

Andei a remoer isto dias, mais duma semana. Tempo demais, até porque em dias, uma semana, muito se lê e muito se passa sendo que com tal interrogação em mente nesse hiato não pude esquivar-me a ler-vos sempre com a luzinha do "prémio" a bailar, a considerar «e este?» É que eu leio muitos blogues: a lista "Blog-espeitadelas" lá em baixo é gigante (clicar em 'mostrar todos') e se nem todos são visita diária há blogues que visito mesmo quando tão defuntos que nem em dia de finados recebem um ramo murcho. O Meu Pipi acabou está a fazer cinco anos e até comprei o livro mas está lá na lista: raramente, muito raramente mas abro um arquivo ao calhas e releio o que já esquecera, então pusera-me bem disposto e em regra o sorriso volta a nascer.

Tenho mais 'defuntos' na lista e lamento especialmente um, recém-"falecido": apagou (ocultou?) os arquivos e isso caiu-me pior que parar o blogue. Senti-o como se um arquivo histórico duma época fosse extraditado para uma ilha inacessível, o acervo duma memória que tornada pública torna-se dalguma forma também memória de quem a acompanhou fosse vendida em leilão a um coleccionador que a fecha a sete-chaves e, egoísta, priva os anteriores usuários/leitores de continuar a... lê-la, revivê-la. Não gostei, confesso. Mas isso não lhe retira o link-elo da minha lista de "Favoritos". Mesmo que lá voltando leia o ilegível, o olhar o visual do blogue arrasta memórias e essas não se apagam (sei que soa a memorial fúnebre com travo amargo, mas tá dito pois estava-me atravessado).

Em resumo e para abreviar o cerimonial 'dardejante' os meus 15 eleitos são os 15, ou 5, ou 35 ou 55, que leia naquele dia concreto. Porque visito-os quer pelos critérios formulados inicialmente, blá-blá isto mais blá-blá aquilo, mas também pelas razões da Catarina Campos: a amizade não usa critérios daqueles, senão nós não tínhamos amigos.

Fora os 'cagões', tá claro - e eu leio alguns, estão lá na lista. Porquê? porque embora 'cagões' de feitio, esses, se cumprisse à risca a selecção conforme a premissa original dois ou três estariam nos '15' premiados: eu também já fui 'cagão' quanto ao que escrevia e não é por ter-me esforçado em expurgar esse feitio purolento que, acho, a minha escrita piorou ou melhorou - expressão lata: eu, o gajo blogger, é que me melhorei. E aqueles que ainda não puseram uma caixa de batatas em frente ao espelho para se alçarem de forma a mirarem-se bem não é por aí que seja em fogachos ou em jorro contínuo escrevem menos 'bem' e ajuízam mal do dia-a-dia. Além de que pode ser já amanhã que irão à cozinha buscá-la, tal como eu fiz.

A lista completa consulta-se aqui, lá em baixo: "Blog-espreitadelas" + mostrar todos.
É sempre provisória: sei que há blogues que descobrirei e acrescenta-los-ei com gosto. E visita-los-ei dardejante, tá claro.

adenda de dia 8: a Ana do 'Digital no Índico' também me dardejou. este "Dardo" é especial. lá conto porquê.

2 comentários:

Unknown disse...

E valeu Web!

um abraço

Carlos Gil disse...

outro e muito caloroso, Ana!

:)