domingo, 2 de novembro de 2008
Julga-me a gente toda por perdido
Julga-me a gente toda por perdido,
Vendo-me tão entregue a meu cuidado,
Andar sempre dos homens apartado
E dos tratos humanos esquecido.
Mas eu, que tenho o mundo conhecido,
E quase que sobre ele ando dobrado,
Tenho por baixo, rústico, enganado
Quem não é com meu mal engrandecido.
Vá revolvendo a terra, o mar e o vento,
Busque riquezas, honras a outra gente,
Vencendo ferro, fogo, frio e calma;
Que eu só em humilde estado me contento
De trazer esculpido eternamente
Vosso fermoso gesto dentro na alma.
Luis Vaz de Camões
(imagem e poema gamados aqui. grato, e também a quem me mandou o link)
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4 comentários:
Deixei-te um dardo no "Lanterna".
abç.
ZP
Destes já não se fazem.
Abraço.
já vi e fiquei... pois ZP, tu sabes.
recentemente recebi outro. em breve responderei à "corrente", my way ;)
abç
quanto mais se lê Camões mais se lhe descobre, Lord. não caio no "foi único & sem descendência", mas que foi muito, mas muito especial, foi.
abç
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