quinta-feira, 25 de setembro de 2008

memoires

hesitei - e não pouco - entre dois pólos: tenho um fraquinho e que não se explica pela facilidade do epíteto "lamechas" pelo 'My Way' de Frank Sinatra. suponho que algures no 'diário' bloguístico até já youtubizei esse sentimento, sinopse anexa.
mas os sentimentos subordinam a vontade. bailava-me, xiricava-me* na memória apenas um nome: Léo Ferré. estava então decidido: hoje, 25 que se sucede a 24 tal como o amanhã ganhará lugar ao hoje e findo o Verão se entra no Outono, neste Hoje há Léo Ferré. há, porque cá também mora um inconformista e quero preservá-lo . e teimoso, sei. sei sem que mo digam.

'La Solitude' era estúpido: soaria a vagidos de virgem arrependida, qualquer merda desse género. 'Les anarchistes' é chato de tanto déjà vu. Appolinaire e a sua Musa era demasiado óbvio para cair em tal esparrela. 'Tu ne dis jamais rien' é provavelmente a minha preferida mas... não era essa hoje, não: passível de mal-entendidos: liminarmente riscada para o momento musical do dia. entre 'Elsa' e a 'My Way' do seu antónimo... então até metia a segunda...!
nos sismos orgânicos do arfar diário, a cada estremeção a memória fica sempre um pouco mais curta :( restam 'La mort des loups' e 'Requiem'.

fica então 'Requiem', de 1975



* vénia pela expressão a quem ela é devida. que o itálico se entreleia como Homenagem, e explicitamente nunca como plágio. mesmo que me encontre incapaz de escrever dois parágrafos que ericem pêlos da nuca, em glória uma dobra na página, há por aqui uns rascunhos amarfanhados entranhas abaixo que me lembram como se faz, pois, pouco, mas fi-lo. à merda a hipocrisia da falsa modéstia, sanita igual à da cagança pedante - falo do meu Eu e ninguém tem nada com isso. e, se mesmo assim altercando decidi escrevê-lo, o blogue é meu, a merda é minha. lê-me quem quiser. afinal que é isto dos blogues senão musicais e monólogos? Hyde Park, meu rico Hyde Park que estás tão longe e só te subo ao banquinho via Internet... :(

3 comentários:

Maria Arvore disse...

Em memórias afrancesadas escolho logo o «je ne veux pas travailler» dos Pink Martini. Como o rosé é uma fresca bebedeira do princípio ao fim. :)

Anónimo disse...

fiquei a saber que o léo cantava Elsa do Louis Aragon, vou procurar ouvir, olha
beijos

Carlos Gil disse...

MA e anónimA - sim, que não quero beijos de nenhum anónimO: Pink ou Aragon, o que é certo é que essa do "je ne veuz pas travailler" soa-me bem! ;)