... e post partilhado. Post que vem duma memória antiga e boa, não que nas recentes não as haja boas e algumas também de Gatos, os novatos têm Fedorentos em apelido e há alturas em que são do que melhor se cheira por aí...
Mas este Gato é o Esteves, é Cat Stevens a cantar e fazer a um duo de nostálgicos tremer-lhes a voz ao trautear assim - e isso é Bom, muito muito Bom:
(It's not time to make a change, just relax, take it easy
you're still young, that's your fault, there's so much you have to know
Find a girl, settle down if you want, you can marry , look at me, I am old but I'm happy
I was once like you are now and I know that it's not easy
To be calm when you've found something going on
But take your time, think a lot, I think of everything you've got
For you will still be here tomorrow but your dreams may not
......................................................)
Como é que se fecha um post destes? só assim: :-)
segunda-feira, 21 de julho de 2008
Gato partilhado...
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4 comentários:
Este Gato arrepia-me todos os pelinhos. :) Faz-me recuar aos meus dez anos, too youg ;)e continuo a gostar de ouvi-lo. Faz-me happy. :)
Obrigada por o partilhares. :)
***** estrelas
Abraço
F
Não faz muito tempo falei desta figura que tanto marcou, como fundo musical, a minha vida, como a muitas de gente da nossa geração.
Tenho LP´s e CD´s o bastante para não o deixar de ouvir. No meu sempre velhote carro,que não é mais o Puma, só entra música dos anos setenta e alguma dos anos oitenta. O Cat Stevens tem o seu espaço cativo, claro.
Um abraço.
Zé Paulo
uma dor que tenho comigo há quase quarenta anos é nunca ter ouvido este música em conjunto com o meu Pai. eu sei que é um sonho que sempre foi irrealista: náos não tínhamos canais de comunivação que permitissem ouvia-la, partilhá-la.
mas se hoje me comovo a ouvi-la é principalmente por isso. se hoje "arranjo maneiras", pouco ou nada substis, sei lá, de os meus filhos a ouvirem comigo sei que não é só por eles, é egoísticamente também por mim, tentando tapar essa enorme chaga no meu passado.
se não altura doía ter consciência que os fios que nos ligavam não eram de aço e dia a dia, ano a ano, mais fracos ficavam e, ouvindo o Gato Esteves secretamente alimentava o desejo de Reconstituir, hoje, hoje em que há trinta anos é impossível fazer o que não foi então feito, hoj, hoje, ouço-a e ouço-a sem fim, ouço-a e choro por eu e o meu Pai nunca nos tremos conseguido entender.
claro que não acredito que "hoje" ele esteja em céus com estúdios de audição para ouvia-la e ouvir-me. claro: afinal sou um gajo lógico, racional, nada metafísico e crente em imortalidades de almas. mas quando a ouço tenho pena que não seja possível, Pai. tenho pena de nós e do que fizemos um ao ouytro Pai. tenho saudades de ti, até dos maus bocados, das discussões, de eu sair de casa, de tudo menos do que se passou "naquela vez". e sabes? se tivéssemos ouvido esta música em conjunto, talves, talvez! não tivesse acontecido. hoje, aqui numa caixa de comentários enterrada a olhares curiosos peço-te perdão e dou-te um beijo, Pai. ouve-me. ouve-me agora, vamos ouvir(-nos) em conjunto. nunca to soube dizer, mas eu amava-te de tal forma que... nunca soube como to dizer. e nunca antes to disse assim. da falta que de ti sinto. da dor que tenho em me ter revoltado contra ti ao ponto de tentar agredir-te porque tu - cheio de razão, sei-o hoje e há muito tempo... - achavas que eu exagerava na forma de vida que tinha e, - agora o teu excesso - tentaste esbofetear-me.
ninca o contei a ninguém. se a mãe o soube foi por ti. nunca, nunca o disse, o escrevi, até agora. por causa desta música, a tal que olhava e olho como a então possível liana que nos salvasse, hoje estou a fechar esse bocado, chaga.
espero poder voltar a ouvir Cat Stevens com lágrimas doutro sabor, Pai. que me perdoaste, que "estás" a ouvi-lo ao meu lado.
há merdas que um gajo tem de fazer, dizer, antes de morrer. esta era uma delas, das minhas. tá feiro. um beijo do teu Carlitos :-)
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