uma vez eu e o Tó fomos até à Namaacha à boleia. ao que íamos não interessa, até porque já prescreveu.
o essencial e que justifica esta "memória" é que levamos um daqueles gravadores portáteis que então existiam, da idade e peso da pedra, tipo caixote como os primeiros telemóveis que por cá apareceram. e levavam seis pilhas e das grandes ainda por cima, ou seja: só a tiracolo e de tantos em tantos quilómetros a carga mudava obrigatoriamente de burro.
pois a verdade é que fartámo-nos de andar, andar, até aparecer uma santa alminha em material rolante que se apiedasse e parásse para uma boleia - as piedosas referências estão contextualizadas e são mais que merecidas, pois os quilómetros "a butes" foram mais que muitos...
bem, e os Jethro Tull? sei lá porquê, por alguma razão foi e o mais certo passa pelo habitual desleixo do "o outro leva, não te rales", nenhum levou cassetes e fomos, estivemos e viemos, sempre a ouvir o 'Aqualung' dos J. Tull, que era a cassete que estava dentro do gravador. Ian Anderson, se não me engano no nome do flautista e vocalista.
podia ter sido pior o que nos tinha calhado, ou até nem lá estar nenhuma. mas a verdade é que eu demorei meses a recuperar da overdose e voltar a ouvi-los...
1 comentário:
E se um romance começasse assim:
“uma vez eu e o Tó fomos até à Namaacha à boleia. ao que íamos não interessa, até porque já prescreveu.”
(...)
muito bom!
abç
manso
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