Há inúmeros tipos de desgraçados
e é por eles que morro
Existem os que abandonam nas ruas o cachorro
Ah, mas existem piores,
aqueles que recolhem e maltratam
Existem os que abandonam e outros que matam.
Há inúmeros tipos de desgraçados
sob qualquer conceito
Existem os que atiram sem pena no meu peito
Ah, mas existem ainda bem piores,
que matam à míngua
Existem desgraçados que matam com a língua.
Atordoado e confuso
assentei-me sobre o banco da praça
Pensando sobre quão forte era a minha dor
e enorme a minha desgraça
Acariciei o fio da lâmina
certo que sentiria dor quando rasgasse os pulsos
E ali parado permaneci
até que passassem de morte para vida
os meus impulsos
Carlos Bê
2 comentários:
Um abraço ao Bê.
Gil, a não perder, no 'Y' do 'público' ontem (pág.34), "O que eles dizem sobre escrever". Beijo, muf'.
claro!... se ainda o apanhar... :-(
bj à parisiense, enfia-lhe uma bejeca 'a meias' comigo
Enviar um comentário