sábado, 3 de março de 2012
alfaiate casual
quero contar-vos um segredo íntimo
peço-vos! não o contem a mais ninguém.
alguém que lhe pegue sem cuidados e quebra-se
e virá o frio e o seu riso profundo.
não me visto de escuro e ostento lutos (eu não escrevo ao chorar):
a minha tristeza veste-se bem e usa um cachecol sorridente
agasalha-se, dá-me a sombra do nada e eu empresto-lhe o silêncio:
talvez alguma coisa se note a quem bem olhar.
nele, a vácua cacofonia do meu oposto - este,
est'outro alguém - mas não contem que um sem o outro desiste,
não apontem o erro, mintam e mintam-me
e de tudo isto riam-se
e nunca, nunca, nunca o contem a mais alguém.
tenho frio
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