quarta-feira, 31 de julho de 2013

lidos

"Histórias de Cronópios e de Famas", Julio Cortázar
"O pintor de batalhas", Arturo Pérez-Reverte
"O túnel", Ernesto Sabato
"A mão de Dante", Nick Tosches
"O homem terminal", Michael Crichton (em curso)

a nau Portugal...


sábado, 27 de julho de 2013

Tartarugas e Cronópios

«Agora acontece que as tartarugas são grandes admiradoras da velocidade, como é natural.
As esperanças sabem disso e não ligam.
As famas sabem e caçoam.
Os cronópios sabem e cada vez que encontram uma tartaruga, puxam a caixa de giz colorido e na lousa redonda da tartaruga desenham uma andorinha.»

Histórias de Cronópios e de Famas, Julio Cortázar

terça-feira, 23 de julho de 2013

lidos

"A biblioteca", Zoran Zivkovic
"A décima Sinfonia", Joseph Gelinek
"O Assalto", Mia Couto
"Pneuma", Luís Carlos Patraquim
"Manual para Incendiários e outras crónicas", Luís Carlos Patraquim
"Um blues mestiço", Esi Edugyan (em curso)

quinta-feira, 18 de julho de 2013

lidos

O náufrago - Thomas Bernhard
Quando Nietzsche chorou - Irvin. D. Yalom
O livro negro - Hilary Mantel
Ficas a dever-me uma noite de arromba - António Cabrita
Entre os assassinatos - Aravind Adiga
Presas - Michael Crichton
Resumo: a poesia em 2012 - v.a.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

lidos


A biblioteca da piscina - Alan Hollinghurst
Memórias em voo rasante - Jacinto Veloso
Discurso sobre o Filho-da-puta - Alberto Pimenta
Aqui podia viver gente - Miguel-Manso
Tojo - Miguel-Manso
O escuro anterior - Luís Carlos Patraquim
Arte Negra - António Cabrita
Hotel du Lac - Anita Brookner
Madrugada suja - Miguel Sousa Tavares
Expiação - Ian McEwan
Odessa - Frederick Forsyth
O amor e o escárnio - Dario Fo
A curva do rio - V.S. Naipaul
Segredos da descolonização de Angola - Alexandra Marques
Acabem com esta crise já! - Paul Krugman
Blow-Up e outras histórias - Julio Cortázar
LX60 - Joana Stichini Varela e Nick Mrozowski
O Assédio - Arturo Pérez-Reverte

a memória


com um atraso de seis anos chegou-me às mãos o "Memórias em voo rasante", as memórias políticas do general Jacinto Veloso. general Jacinto Veloso que, entre outros elevados cargos, foi director do SNASP - Serviço Nacional de Segurança Popular, nos "anos de chumbo" moçambicanos, o período pós-independência em que as privações do povo iam além dos bens materiais.

acerca disso a memória do general é inócua (para si), e breve, excessivamente breve. meras meia dúzia de linhas e que são vagas, chutando os excessos para a saca larga dos circunstancialismos históricos. o general merece o cognome de "não se lembra de nada". escreve, escreve, e não se lembra de nada. a memória selectiva é um nojo.

porém há mais registos que falam. além das nossas memórias pessoais, cada ano que passa mais grisalhas, distantes, já quase só um ricto duro e silencioso quando recordamos. este filme - que não vi, mas que pela visualização do trailer e do que li acerca dele, é dos tais a ver nem que chovam pregos -, do moçambicano-brasileiro Licínio de Azevedo (também autor dum bom romance centrado nas dificuldades do período da guerra civil moçambicana, "Comboio de sal e açúcar", edição da Ndjira), este filme, dizia, são imagens além das imagens. avocam as nossas próprias. dói.

e lembrei-me do general


estes dias que resistem


4.

Caminho rasgando as lacerações
E a máscara máquina!

Caem as tardes
Se as houvesse e a potência
Descansasse

Então um só nome
O que da pluralidade se erquesse
Até à ressonância dos vitrais
E se precipitasse

Alado cavalo meu com as ancas
Súbito músculo
dádiva

Elas
As que da pedra
Percorrem os séculos e pastam
Inclinadas

Abertas sobre o leite da erva


Luís Carlos Patraquim, in "o escuro anterior", Companhia das Ilhas, 2013


(o estudo de nu é de Degas, e foi sacado aqui)