este 'ler muito', ultimamente assumido como obsessão narcótica, autismo, refúgio, teve felizmente períodos bem mais calmos, mas, olhando para trás, dura desde sempre. desde miúdo.
pensava assim, há pouco, num passatempo que me é querido: sentado à secretária e a correr os olhos pelas estantes, visitando as lombadas, lembrando-me das memórias que tenho associadas a tantos. alguns, nada recentes, dos tais que adquirimos numa idade em que necessitamos de dar existência corpórea a passados perdidos mesmo que não os voltemos a abrir, foram-me de facto importantes. tanto, que décadas e décadas depois, várias vidas vividas, há conforto em sabê-los ali, acariciá-los com a memória. grata. nos mais recentes, de vez em quando, muito de vez em quanto, lá vem um que salta e se destaca. a garimpagem é assim mesmo, e talvez por isso persista e os devore como faço
mentalmente fiz uma lista, tipo 'os mais marcantes', depois catei-os em pilha e trouxe-os cá para cima. e agora para aqui. é uma lista pessoalíssima e o único critério é o enunciado: livros que nunca esqueci, e foi-meiimportante tê-los lido em alturas concretas da minha vida. uns formativos, outros janela, outros a bofetada ou o carinho que precisava naquela altura. nela, lista, talvez só metade figure neste tipo de listas «os mais isto e aquilo», «os que mais me», etc. mas para mim sim, eu sei porque é que cada um me foi importante. ei-la, sem outra ordem que o acaso da pilha:
A metamorfose - Franz Kafka
Escuta, Zé Ninguém - Wilhelm Reich
A verdade em 1ª mão - Joyce Cary
A cozinheira e o devorador de homens - André Glucksmann
O senhor dos anéis - J. R. R. Tolkien
O conde de Monte-Cristo - Alexandre Dumas
O adversário - Emmanuel Carrère
O principezinho - Antoine de Saint-Exupéry
Tocados pelo fogo - Kay Redfield Jamison
A louca da casa - Rosa Montero
Cem anos de solidão - Gabriel Garcia Marquez
Bartleby & Companhia - Enrique Vila-Matas
Pela estrada fora - Jack Kerouac
O fantasma de Harlot - Norman Mailer
pensava assim, há pouco, num passatempo que me é querido: sentado à secretária e a correr os olhos pelas estantes, visitando as lombadas, lembrando-me das memórias que tenho associadas a tantos. alguns, nada recentes, dos tais que adquirimos numa idade em que necessitamos de dar existência corpórea a passados perdidos mesmo que não os voltemos a abrir, foram-me de facto importantes. tanto, que décadas e décadas depois, várias vidas vividas, há conforto em sabê-los ali, acariciá-los com a memória. grata. nos mais recentes, de vez em quando, muito de vez em quanto, lá vem um que salta e se destaca. a garimpagem é assim mesmo, e talvez por isso persista e os devore como faço
mentalmente fiz uma lista, tipo 'os mais marcantes', depois catei-os em pilha e trouxe-os cá para cima. e agora para aqui. é uma lista pessoalíssima e o único critério é o enunciado: livros que nunca esqueci, e foi-meiimportante tê-los lido em alturas concretas da minha vida. uns formativos, outros janela, outros a bofetada ou o carinho que precisava naquela altura. nela, lista, talvez só metade figure neste tipo de listas «os mais isto e aquilo», «os que mais me», etc. mas para mim sim, eu sei porque é que cada um me foi importante. ei-la, sem outra ordem que o acaso da pilha:
A metamorfose - Franz Kafka
Escuta, Zé Ninguém - Wilhelm Reich
A verdade em 1ª mão - Joyce Cary
A cozinheira e o devorador de homens - André Glucksmann
O senhor dos anéis - J. R. R. Tolkien
O conde de Monte-Cristo - Alexandre Dumas
O adversário - Emmanuel Carrère
O principezinho - Antoine de Saint-Exupéry
Tocados pelo fogo - Kay Redfield Jamison
A louca da casa - Rosa Montero
Cem anos de solidão - Gabriel Garcia Marquez
Bartleby & Companhia - Enrique Vila-Matas
Pela estrada fora - Jack Kerouac
O fantasma de Harlot - Norman Mailer
O que diz Molero - Diniz Machado
Crime e castigo - Fiodor Dostoiévski
Crime e castigo - Fiodor Dostoiévski
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