não quero ser patético, choramingas nostálgico ou saudosista, etc, mas alvoraçou-se-me o peito secreto ao ver nestas fotografias uma outra vida que podia ter tido e que perdi. por renúncia própria, acrescento: tinha nacionalidade, amor à terra, uma flat arrendada que era bem nice, carro e mota, e emprego que dava à justa para viver os vinte anos com tudo isso e mais tudo o que eles acham que merecem. o que nao tive foi... sim, foi falta de tomates. isso, nunca perdoarei a mim próprio.
a vida cá não me foi especialmente grata ou ingrata: normal, banal, e "gosto disto". nem é exclusivamente nos momentos maus que penso na outra, a tal de que reclamo a mim e de mim mesmo por tê-la perdido. é mais fundo, é uma mitologia que não deslarga e que se em 36 anos se mantém vida, a expectativa é que fique por cá até ao fim. my kind of town, also probably my kind of auto punishment and guilt.
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