a "pequena história" é mais que couscuvilhice. ou mais que pedaços de eros à solta, como aqui:
- "A partir daqui a história pode contar-se em discurso directo, tal como o apresenta o “The New York Post” no artigo que dedica ao tema: “Percebi que ele se aproximava mais e mais. Podia sentir a sua respiração no meu pescoço. Pôs a mão no meu ombro. (...) Devagar, desapertou-me a parte de cima do vest...ido e tocou-me nos seios. Depois pôs-me a mão entre as pernas e começou a puxar-me a roupa interior. Eu acabei de desapertar o meu vestido e deixei-o cair pelos ombros”.
Às tantas, notando alguma hesitação, JFK perguntou: “Nunca fizeste isto antes?”. “Não”, respondeu ela. “Estás bem?”, questionou o Presidente. “Sim”, respondeu ela.
Depois de terminarem, JFK encarregou-se de fazer chegar Mimi a casa, que na viagem de regresso disse para si própria vezes sem conta: “Já não és virgem, já não és virgem”."
a "pequena história" é também isto:
- "Para além dos episódios de intimidade, Mimi lembra-se de alguns momentos definidores da presidência de JFK, incluindo a crise dos mísseis cubanos. Durante 13 dias, em Outubro de 1962, os EUA e a URSS estiveram num impasse nuclear. Apesar de os EUA terem ganho este braço-de-ferro, a ex-estagiária afirma que o Presidente estaria disposto a ceder. “Prefiro que os meus filhos sejam ‘vermelhos’ [comunistas] do que morram”, terá dito JFK a Mimi em determinada ocasião."
pequeno exemplo, extraído duma notícia de jornal que se centra mais nos pormenores escandalosos da relação dum presidente, quarentão e casado, com uma estagiária de 19 anos, com a ter convencido a fazer sexo oral com outro homem, o incitá-la a tomar drogas, ou até com as perfomances deste 'macho alfa' na cama, aos vistos também com algumas 'deficiências'.
mas pondo tanta parte digna de oh!'s escandalizados de lado, a pimenta que faz vender, em todos estes tipo de livros memorialistas há nacos de achegas a 'outra interpretação' dos grandes factos históricos vividos na primeira pessoa, pelo menos por um dos personagens. claramente não sei se será o caso deste, embora me esteja a servir do seu exemplo para ir mais longe no raciocínio e na explicação do gosto por literatura que, aparentemente, não vale mais que valerá a leitura do jornalismo de escandâlos: zero, ou no wc quando se obra e pragueja. a História, a maiúscula, de há muito que não despreza a sua irmã "pequena", a contada na primeira pessoa por aqueles que nunca surgiram no retrato embora fossem íntimos dos astros. talvez por isso.
este? lia-o, sim. mas não vou ler. em tempos de vacas austeras há que ter uma selecção cuidadosa com os recursos disponíveis, e, este numa das mãos, facilmente perderia para a outra, onde de repente me lembro duma boa dúzia de títulos que gostava de vê-los lá, e não os vejo.
isto foi só um devaneio, com pretexto.
Sem comentários:
Enviar um comentário