quarta-feira, 14 de setembro de 2011

ai!


boa tarde.

(em computador 'emprestado', mais lento e maniento que eu serei daqui a dez anos. imaginem!)

esta manhã meti-me no bricolage. comprei dois interruptores todos janotas e fatelas no chinês, fui buscar uma das minhas fabulosas caixas de ferramenta e pus-me a mudar os da cozinha e do corredor que, coitados (e eu, ai!), já eram mote para anedotas de mau tom cá na casa. isto está a correr mal.

na cozinha, o dito tem os intestinos à mostra e não há modo de conseguir fixá-lo ao púdico buraco na parede. (também não trabalha, mas isso até já é secundário pois o fogão e o frigorífico parecem estar saudáveis... ai!). o do corredor está quase na mesma, mas melhor: tripinha à mostra, mas... trabalha! aleluia! (hum. tenho uma bandeira!)

as más notícias vêm mais para o fundo do corredor: do quarto onde tenho o pc vem uma chiadela impossível de aturar, e o que seria o potencial causador da dita, o computador, está mudo e quêdo, não acende nem trabalha, morreu (ai!). não consigo descobrir o que é que está por lá a queixar-se - a luz trabalha!, e fechei a porta à chave. isto está a correr muito mal!

não sei como será a minha vida como "pater familias" digno, responsável e admirado, quando a prole e a cuja derem com os olhos e os ouvidos nisto tudo (ai!). isto está a correr mesmo muito mal, e temo, temo, até pelo meu presente virtual. o futuro? outra incógnita tão temível quanto os buracos das contas públicas que ainda estão por encontrar.

consolo? 'isto' terminado - a fase-bricolage caseira e a lavagem e secagem das nódoas da República - e fica tudo um mimo: a casa, pronta a vender ao primeiro papalvo endinheirado que aparecer; o paízinho, composto, bonitinho, e tão útil e vivo como um manequim duma montra bem composta, que arregala os olhos a quem olha, olha, e sonha um dia ser rico, rico, elegante e bonito e capaz de usar aquilo que a cabrona da realidade lhe diz que está tão longe como o além do vidro que separa a calçada da nossa rua da fôfa alcatifa de nuvens onde mora o mundo dos sonhos, eu, artista do alicate e do papel de engomar.

ai!

1 comentário:

Anónimo disse...

"Quem te manda, a ti sapateiro, tocar rabecão"

F